Ando novamente no deserto da escrita,
alimentando-me
do sol cancinante durante o dia,
e do frio arrebatador durante a noite.
Apesar de tudo, sigo...
na esperança de um Oásis!
quinta-feira, 22 de maio de 2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
Voltando a este blog depois de alguns invernos... e verões em outra noite de insônia, cheia de palavras. Mas, que forma dar a elas?
Livros...
Bem(mal)ditos!
Tomam todo o meu dia,
E fazem de mim o que bem entendem...
Exercem um poder mágico sobre minhas mãos
Diante da página em branco do arquivo do Word...
Alguns me incentivam na labuta diária,
Outros riem da minha mediocridade,
Outros zombam da minha prepotência de escrevinhadora.
Contudo, sempre restam...
Aqueles que iluminam
Aqueles que ensinam
Aqueles que despertam meus sentidos adormecidos
Aqueles que consolam na dor
Aqueles que fazem amar...
Ah! Livros... Bem(mal)ditos!
De vez em
quando alguns livros me olham de minha estante...
Alguns
penetram meu olhar,Tomam todo o meu dia,
E fazem de mim o que bem entendem...
Exercem um poder mágico sobre minhas mãos
Diante da página em branco do arquivo do Word...
Alguns me incentivam na labuta diária,
Outros riem da minha mediocridade,
Outros zombam da minha prepotência de escrevinhadora.
Contudo, sempre restam...
Aqueles que iluminam
Aqueles que ensinam
Aqueles que despertam meus sentidos adormecidos
Aqueles que consolam na dor
Aqueles que fazem amar...
Ah! Livros... Bem(mal)ditos!
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Meu Jardim
(Vander Lee )
Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim
Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim
sábado, 21 de agosto de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
SOMOS RESPONSÁVEIS PELO QUE CATIVAMOS
Estava num barzinho, na Lagoa da Conceição, numa noite de janeiro... Por mais de uma hora, estava sentada sozinha com um nó na garganta e um embolado de palavras enchendo sua boca. Estava a ponto de explodir. Olhava por todos os lados a multidão circulando, tagarelando, rindo, gesticulando... e ela ali, estática. Suas pernas pareciam dormentes, suas mãos levavam um copo à boca de vez em quando. As únicas palavras trocadas com alguém naquele dia tinham sido com a garçonete ao pedir uma dose de rum e uma coca-cola. Não podia pagar seu uísque preferido, então... Seus dedos já haviam picotado e enrolado em pequenas bolinhas mais de um guardanapo, enquanto ouvia a música que tocava, quando tirou da bolsa uma caneta vermelha e começou a rabiscar um novo guardanapo:
“Se não se pode falar...
Pode-se escrever...
Mesmo que ninguém leia...
Mesmo que não tenha poesia.
É isso!
Falta poesia
No olhar
No rosto
No corpo
Eu e a solidão em meio a tantos...
Será tudo matéria? Tudo só matéria?
Onde estão os sentimentos? Se fosse poeta descobriria os sentimentos, as emoções...
Mas não sou!
Talvez ainda não seja... Estou trasbordando de idéias... como o professor universitário que procurou o Mestre Zen. Talvez tenha que me esvaziar de idéias... esvaziar tudo que carrego: crenças, idéias... Talvez até os sentimentos, o medo, a ansiedade...
Medo de quê?? De mim mesma.
Ansiedade por quê?? Para encontrar alguém e poder fugir...
Tantas são as reticências...
Tantas são as interrogações!
...
Saudades...
Fujo
Mas até a música...
É hora de ir...”
Naquele instante ouviu alguém perguntar bem perto do seu ouvido:
- Você escreve poesia?
- Ahh?
- Você está escrevendo na mesa de um bar, sozinha. Ninguém faz isso a não ser que seja poeta.
A figura era estranha: vestia um jeans rasgado, camisa desabotoada e amassada, como se tivesse acabado de sair de um cesto, cabelos encaracolados meio despenteados, olhos claros. Não parecia bonito, muito menos atraente... Mas ela havia desejado ser vista, tinha uma certeza inexplicável de que chamaria a atenção de alguém por estar escrevendo naquelas circunstâncias e, de fato, chamou.
Somos centros de força magnética, atraímos aquilo que queremos pelo nosso comportamento.
- Posso sentar? Estava procurando um lugar para escrever... Desculpe... Mas vi você escrevendo e não resisti. Posso?
- Senta!
- Posso ler? Posso ler o que você estava escrevendo?
Ela apenas acenou “não” com a cabeça, meio atônita. Estava se preparando para ir embora e... agora sentia-se responsável pelo seu desejo concretizado: alguém para conversar.
E seu receio de que ele descobrisse sua farsa. Ela não escrevia poemas, mas também não desmentiu quando ele perguntou. Estava enredada na sua própria armadilha. Não acreditava que aquele rosto jovem soubesse fazer versos.
Ele, então, como se adivinhasse suas dúvidas, tirou do bolso sua carteira e dela, bem devagar, um papel dobrado já amarelado.
- Esse já comecei faz tempo, mas não consigo terminar... Não acho que esteja bom.
- Posso ler?
Levantando as sobrancelhas rapidamente estendeu o papel para ela. Ela o leu atenciosamente e gostou do leu. Eram versos sentidos, vividos e espelhavam suas angústias presentes.
Logo, ele tomou-lhe a caneta e outro guardanapo, olhou longamente a rua cheia de transeuntes, o movimento dos bares, as luzes coloridas do ambiente. Voltou o olhar para ela e começou a escrever...
Ela queria falar, conversar, precisava esvaziar-se do excesso de palavras embrulhadas na sua boca, mas como ele quase não respondesse suas tentativas de diálogo, respeitou aquele momento. Quando ele voltou a olhá-la ela perguntou:
- Posso ler esse também?
- Sei lá, não consigo escrever aqui... Muito barulho. Vamos para um lugar mais sossegado?
- Deixe eu ler? Insistiu.
Poesia
Triste, desfeita
Incompleta, dissonante
Distante...
Assim como é o poeta
E sua vida
Como eu, como tu.
Como poderia conhecê-la em alguns instantes? Nem lhe tinha dado a oportunidade de falar de si e já a descrevia tão fielmente.
Saíram caminhando nas margens da Lagoa iluminada onde havia menos gente. Sentaram na grama olhando as luzes que refletiam no grande lago. Conversaram, falaram de leituras, de autores, de suas vidas. Trocaram confidências... mas não contatos.
Mais tarde, numa esquina que apontava direções opostas, despediram-se com um beijo no rosto e a promessa (não dita) de novos encontros que não se concretizaram.
Mas o poeta e sua (falta de) poesia ficarão para sempre na sua memória e na sua história.
“Se não se pode falar...
Pode-se escrever...
Mesmo que ninguém leia...
Mesmo que não tenha poesia.
É isso!
Falta poesia
No olhar
No rosto
No corpo
Eu e a solidão em meio a tantos...
Será tudo matéria? Tudo só matéria?
Onde estão os sentimentos? Se fosse poeta descobriria os sentimentos, as emoções...
Mas não sou!
Talvez ainda não seja... Estou trasbordando de idéias... como o professor universitário que procurou o Mestre Zen. Talvez tenha que me esvaziar de idéias... esvaziar tudo que carrego: crenças, idéias... Talvez até os sentimentos, o medo, a ansiedade...
Medo de quê?? De mim mesma.
Ansiedade por quê?? Para encontrar alguém e poder fugir...
Tantas são as reticências...
Tantas são as interrogações!
...
Saudades...
Fujo
Mas até a música...
É hora de ir...”
Naquele instante ouviu alguém perguntar bem perto do seu ouvido:
- Você escreve poesia?
- Ahh?
- Você está escrevendo na mesa de um bar, sozinha. Ninguém faz isso a não ser que seja poeta.
A figura era estranha: vestia um jeans rasgado, camisa desabotoada e amassada, como se tivesse acabado de sair de um cesto, cabelos encaracolados meio despenteados, olhos claros. Não parecia bonito, muito menos atraente... Mas ela havia desejado ser vista, tinha uma certeza inexplicável de que chamaria a atenção de alguém por estar escrevendo naquelas circunstâncias e, de fato, chamou.
Somos centros de força magnética, atraímos aquilo que queremos pelo nosso comportamento.
- Posso sentar? Estava procurando um lugar para escrever... Desculpe... Mas vi você escrevendo e não resisti. Posso?
- Senta!
- Posso ler? Posso ler o que você estava escrevendo?
Ela apenas acenou “não” com a cabeça, meio atônita. Estava se preparando para ir embora e... agora sentia-se responsável pelo seu desejo concretizado: alguém para conversar.
E seu receio de que ele descobrisse sua farsa. Ela não escrevia poemas, mas também não desmentiu quando ele perguntou. Estava enredada na sua própria armadilha. Não acreditava que aquele rosto jovem soubesse fazer versos.
Ele, então, como se adivinhasse suas dúvidas, tirou do bolso sua carteira e dela, bem devagar, um papel dobrado já amarelado.
- Esse já comecei faz tempo, mas não consigo terminar... Não acho que esteja bom.
- Posso ler?
Levantando as sobrancelhas rapidamente estendeu o papel para ela. Ela o leu atenciosamente e gostou do leu. Eram versos sentidos, vividos e espelhavam suas angústias presentes.
Logo, ele tomou-lhe a caneta e outro guardanapo, olhou longamente a rua cheia de transeuntes, o movimento dos bares, as luzes coloridas do ambiente. Voltou o olhar para ela e começou a escrever...
Ela queria falar, conversar, precisava esvaziar-se do excesso de palavras embrulhadas na sua boca, mas como ele quase não respondesse suas tentativas de diálogo, respeitou aquele momento. Quando ele voltou a olhá-la ela perguntou:
- Posso ler esse também?
- Sei lá, não consigo escrever aqui... Muito barulho. Vamos para um lugar mais sossegado?
- Deixe eu ler? Insistiu.
Poesia
Triste, desfeita
Incompleta, dissonante
Distante...
Assim como é o poeta
E sua vida
Como eu, como tu.
Como poderia conhecê-la em alguns instantes? Nem lhe tinha dado a oportunidade de falar de si e já a descrevia tão fielmente.
Saíram caminhando nas margens da Lagoa iluminada onde havia menos gente. Sentaram na grama olhando as luzes que refletiam no grande lago. Conversaram, falaram de leituras, de autores, de suas vidas. Trocaram confidências... mas não contatos.
Mais tarde, numa esquina que apontava direções opostas, despediram-se com um beijo no rosto e a promessa (não dita) de novos encontros que não se concretizaram.
Mas o poeta e sua (falta de) poesia ficarão para sempre na sua memória e na sua história.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
NADA ACONTECE POR ACASO
Tenho certeza disso!
Agora são 16:58, estou em casa depois de um acontecimento inusitado na tarde de hoje.
Lá pelas 14:00 horas estava aqui cheia de atividades por fazer. Não sabia por onde começar para dar conta de tantas atividades. Segui a minha intuição, retomei um livro que tem me acompanhado nos últimos tempos, fechei os olhos, abri em qualquer página e li:
“Deixe-me ficar em silêncio e ouvir a verdade.
Nosso impulso mais forte está voltado para a redescoberta da nossa totalidade – e, por mais que tentemos ignora-lo, o impulso para crescer vai continuar vindo à tona. Quem sabe você sempre tenha desejado tocar piano...,ter seu próprio negócio..., escrever contos ou viver na beira do mar...
Muitas vezes, a partir do nada, surgem vislumbres intuitivos acerca de qual futuro provável buscar – talvez na forma de imagens, sonhos, fantasias, sentimentos,pensamentos, impulsos ou sensações corporais. Qualquer que seja a forma através da qual se manifeste a intuição, ela é inteiramente confiável. Esta é a forma de conhecimento, uma mensagem enviada pelo nosso Eu superior...
Se você tiver um vislumbre intuitivo, aja! ... A intuição sempre o guia pelo seu melhor caminho.
Um método tradicional para permitir o florescimento da intuição é a prática regular de meditação...”
Li mais que isso, mas isso foi o que ficou. Fechei o livro e veio a intuição:
-Vá caminhar na praia agora! Você está precisando de meditação.
A caminhada na praia estava programada para o final de tarde, mas agi conforme minha intuição. Em pouco tempo já estava no Areias do Campeche (perto de casa – mesmo assim fui de carro até lá). Assim que avistei o mar, a ilha do Campeche, todo aquele azul (céu e mar) contrastando com o branco das ondas quebradas e a areia em que eu pisava senti uma alegria interior... A beleza daquele lugar me encantava! Já havia estado naquele lugar tantas outras vezes, mas... Hoje estava mais bonito. Fui caminhando para a direita e logo percebi outra diferença: parecia que as águas do mar tinham aplainado a praia. (Normalmente aquele trecho de areia é bastante inclinado e a areia é bem solta, o que dificulta uma caminhada mais longa, por isso quase nunca vou lá para caminhar). Me aproximei mais da água e fui caminhando bem devagar, no início, encantada com a beleza. Conforme meu propósito, fui iniciando uma meditação: procurei ouvir o barulho das ondas quebrando... respirei fundo e senti o cheiro salgado... continuei caminhando e procurei sentir a areia úmida debaixo dos meus pés e fechei os olhos naturalmente. Conseguia sentir até algumas conchinhas, a areia ora estava morna, ora estava geladinha conforme eu pisava nos trechos secos pelo sol, ou molhados pelo mar...
Caminhei um trecho (não sei quanto) de olhos fechados e de repente veio um pensamento:
-Você está sentindo cheiro do mar, o calor do sol ou o gelado da água, ouvindo o barulho do mar, mas e a visão??? Vai deixar de olhar essa maravilha ao seu redor?
Abri os olhos de repente e encontrei um crisântemo com raiz e tudo jogado na areia, como se alguém o tivesse ofertado ao mar e este o tivesse devolvido para a terra.
Juntei-o e vi que a flor ainda estava viçosa, nem o sal da água o tinha afetado. Como eu levava comigo uma garrafinha de água para beber dividi um pouco de minha água e lhe molhei a raiz. Continuei caminhando com a flor na mão e me perguntando:
-Qual o significado disso???
Aos poucos fui encontrando mais e mais crisântemos amarelos abandonados na praia. Só então me dei conta da cor: amarelo rajado de laranja. Lembrei que significa “sol”, luz. Amarelo nunca foi uma cor que eu gostasse, mas ultimamente essa cor me parece muito mais significativa. (Em janeiro viajei durante dez dias e pedi a uma amiga para olhar por minha casa, quando voltei, além de olhar, ela tinha preparado a casa para mim, fez uma faxina, lavou lençóis que ficaram nas camas e me trouxe de presente um pequeno vasinho com flores artificiais “amarelas” que estava no centro da mesa em minha sala. E me disse na chegada:
“ -Que essas flores amarelas iluminem teu ano de 2007.” Fiquei tão feliz com o grande gesto da minha amiga que passei a gostar de amarelo)
Dos crisântemos que eu encontrava, enquanto caminhava, alguns estavam com raiz outros sem, com os talos quebrados. Primeiro fui juntando somente os que estavam com raiz. Queria plantá-los, para que pudessem continuar vivos. Depois lembrei:
-Poxa, ainda estão tão bonitas por que deixá-las aqui secando e morrendo?
Só me dei conta do quanto tinha caminhado quando a flores pararam de aparecer, olhei para trás e vi que a maré estava enchendo e eu estava bem longe do meu ponto de partida. Comecei a voltar com um buquê de flores na mão e continuei a ajuntar as flores sem raiz. Na volta prestei mais atenção ao vento que batia em meu rosto... A sensação era boa. Agradeci várias vezes a Deus por esta tarde, pela oportunidade de morar num lugar tão bonito. Lembrei do quanto a cidade é bonita e eu moro aqui. Voltei a sentir que esse é meu lugar! (No início deste ano tive muita vontade de ir embora...) Agora não! É aqui que eu quero ficar, morar, viver, crescer como pessoa e profissionalmente. Lembrei que: -Quero ganhar dinheiro sim, com trabalho, competência, eficiência...! Se alguns dons me foram dados, vou usá-los da melhor forma. Tenho o direito de usufruir de atividades culturais (dos quais tenho sentido tanta falta) de viagens, de diversão com minha família e meus amigos... Se para tudo isso é preciso dinheiro, pois eu quero ganhar esse dinheiro. Simplesmente porque eu mereço tudo isso.
Tudo isso veio à tona enquanto eu caminhava e sem perceber já estava perto de onde havia deixado o carro. Parei, olhei para o mar, a ilha, o céu, a praia ... agradeci novamente a Deus e me despedi. As flores na mão não deixavam calar a grande indagação:
- Por que essas flores apareceram na minha frente ali, naquele momento???
Claro que há uma significação. Mas qual é??? Não acredito em “acasos”!!
Por que intuitivamente mudei meu planos e fui caminhar mais cedo, num lugar que eu não gostava de ir???
Voltei para casa, plantei os talos dos crisântemos no jardim e coloquei as flores num jarro na minha sala, mas ansiosa para contar para alguém... Contei!
Agora são 16:58, estou em casa depois de um acontecimento inusitado na tarde de hoje.
Lá pelas 14:00 horas estava aqui cheia de atividades por fazer. Não sabia por onde começar para dar conta de tantas atividades. Segui a minha intuição, retomei um livro que tem me acompanhado nos últimos tempos, fechei os olhos, abri em qualquer página e li:
“Deixe-me ficar em silêncio e ouvir a verdade.
Nosso impulso mais forte está voltado para a redescoberta da nossa totalidade – e, por mais que tentemos ignora-lo, o impulso para crescer vai continuar vindo à tona. Quem sabe você sempre tenha desejado tocar piano...,ter seu próprio negócio..., escrever contos ou viver na beira do mar...
Muitas vezes, a partir do nada, surgem vislumbres intuitivos acerca de qual futuro provável buscar – talvez na forma de imagens, sonhos, fantasias, sentimentos,pensamentos, impulsos ou sensações corporais. Qualquer que seja a forma através da qual se manifeste a intuição, ela é inteiramente confiável. Esta é a forma de conhecimento, uma mensagem enviada pelo nosso Eu superior...
Se você tiver um vislumbre intuitivo, aja! ... A intuição sempre o guia pelo seu melhor caminho.
Um método tradicional para permitir o florescimento da intuição é a prática regular de meditação...”
Li mais que isso, mas isso foi o que ficou. Fechei o livro e veio a intuição:
-Vá caminhar na praia agora! Você está precisando de meditação.
A caminhada na praia estava programada para o final de tarde, mas agi conforme minha intuição. Em pouco tempo já estava no Areias do Campeche (perto de casa – mesmo assim fui de carro até lá). Assim que avistei o mar, a ilha do Campeche, todo aquele azul (céu e mar) contrastando com o branco das ondas quebradas e a areia em que eu pisava senti uma alegria interior... A beleza daquele lugar me encantava! Já havia estado naquele lugar tantas outras vezes, mas... Hoje estava mais bonito. Fui caminhando para a direita e logo percebi outra diferença: parecia que as águas do mar tinham aplainado a praia. (Normalmente aquele trecho de areia é bastante inclinado e a areia é bem solta, o que dificulta uma caminhada mais longa, por isso quase nunca vou lá para caminhar). Me aproximei mais da água e fui caminhando bem devagar, no início, encantada com a beleza. Conforme meu propósito, fui iniciando uma meditação: procurei ouvir o barulho das ondas quebrando... respirei fundo e senti o cheiro salgado... continuei caminhando e procurei sentir a areia úmida debaixo dos meus pés e fechei os olhos naturalmente. Conseguia sentir até algumas conchinhas, a areia ora estava morna, ora estava geladinha conforme eu pisava nos trechos secos pelo sol, ou molhados pelo mar...
Caminhei um trecho (não sei quanto) de olhos fechados e de repente veio um pensamento:
-Você está sentindo cheiro do mar, o calor do sol ou o gelado da água, ouvindo o barulho do mar, mas e a visão??? Vai deixar de olhar essa maravilha ao seu redor?
Abri os olhos de repente e encontrei um crisântemo com raiz e tudo jogado na areia, como se alguém o tivesse ofertado ao mar e este o tivesse devolvido para a terra.
Juntei-o e vi que a flor ainda estava viçosa, nem o sal da água o tinha afetado. Como eu levava comigo uma garrafinha de água para beber dividi um pouco de minha água e lhe molhei a raiz. Continuei caminhando com a flor na mão e me perguntando:
-Qual o significado disso???
Aos poucos fui encontrando mais e mais crisântemos amarelos abandonados na praia. Só então me dei conta da cor: amarelo rajado de laranja. Lembrei que significa “sol”, luz. Amarelo nunca foi uma cor que eu gostasse, mas ultimamente essa cor me parece muito mais significativa. (Em janeiro viajei durante dez dias e pedi a uma amiga para olhar por minha casa, quando voltei, além de olhar, ela tinha preparado a casa para mim, fez uma faxina, lavou lençóis que ficaram nas camas e me trouxe de presente um pequeno vasinho com flores artificiais “amarelas” que estava no centro da mesa em minha sala. E me disse na chegada:
“ -Que essas flores amarelas iluminem teu ano de 2007.” Fiquei tão feliz com o grande gesto da minha amiga que passei a gostar de amarelo)
Dos crisântemos que eu encontrava, enquanto caminhava, alguns estavam com raiz outros sem, com os talos quebrados. Primeiro fui juntando somente os que estavam com raiz. Queria plantá-los, para que pudessem continuar vivos. Depois lembrei:
-Poxa, ainda estão tão bonitas por que deixá-las aqui secando e morrendo?
Só me dei conta do quanto tinha caminhado quando a flores pararam de aparecer, olhei para trás e vi que a maré estava enchendo e eu estava bem longe do meu ponto de partida. Comecei a voltar com um buquê de flores na mão e continuei a ajuntar as flores sem raiz. Na volta prestei mais atenção ao vento que batia em meu rosto... A sensação era boa. Agradeci várias vezes a Deus por esta tarde, pela oportunidade de morar num lugar tão bonito. Lembrei do quanto a cidade é bonita e eu moro aqui. Voltei a sentir que esse é meu lugar! (No início deste ano tive muita vontade de ir embora...) Agora não! É aqui que eu quero ficar, morar, viver, crescer como pessoa e profissionalmente. Lembrei que: -Quero ganhar dinheiro sim, com trabalho, competência, eficiência...! Se alguns dons me foram dados, vou usá-los da melhor forma. Tenho o direito de usufruir de atividades culturais (dos quais tenho sentido tanta falta) de viagens, de diversão com minha família e meus amigos... Se para tudo isso é preciso dinheiro, pois eu quero ganhar esse dinheiro. Simplesmente porque eu mereço tudo isso.
Tudo isso veio à tona enquanto eu caminhava e sem perceber já estava perto de onde havia deixado o carro. Parei, olhei para o mar, a ilha, o céu, a praia ... agradeci novamente a Deus e me despedi. As flores na mão não deixavam calar a grande indagação:
- Por que essas flores apareceram na minha frente ali, naquele momento???
Claro que há uma significação. Mas qual é??? Não acredito em “acasos”!!
Por que intuitivamente mudei meu planos e fui caminhar mais cedo, num lugar que eu não gostava de ir???
Voltei para casa, plantei os talos dos crisântemos no jardim e coloquei as flores num jarro na minha sala, mas ansiosa para contar para alguém... Contei!
domingo, 27 de junho de 2010
SUA LUTA CONSTANTE
Quando você se sentir triste, pense que está num ringue, que é um lutador e que seu adversário é a infelicidade. Pode ser que você leve uma de direita... vai doer, com certeza.
Mas você é forte e vai levantar com vontade de bater... Talvez ela seja mais rápida e você leve outra de esquerda e caia...
E você, mesmo em meio a tanta dor, vai levantar e continuar a luta, com vontade de derrubá-la também. Vai parar de se defender e atacar... E vai bater com uma força que você nem imaginava que tinha... E... por algum tempo, vai vê-la no chão, aniquilada.
O gosto da vitória vai lhe trazer de volta a felicidade!
Mas não se iluda:
Ela vai recuperar suas forças e, quando você menos esperar, vai lhe atacar novamente, traiçoeiramente. E você vai ter que continuar sua luta, eternamente, se não quiser ser locauteado pela imortal infelicidade.
Mas você é forte e vai levantar com vontade de bater... Talvez ela seja mais rápida e você leve outra de esquerda e caia...
E você, mesmo em meio a tanta dor, vai levantar e continuar a luta, com vontade de derrubá-la também. Vai parar de se defender e atacar... E vai bater com uma força que você nem imaginava que tinha... E... por algum tempo, vai vê-la no chão, aniquilada.
O gosto da vitória vai lhe trazer de volta a felicidade!
Mas não se iluda:
Ela vai recuperar suas forças e, quando você menos esperar, vai lhe atacar novamente, traiçoeiramente. E você vai ter que continuar sua luta, eternamente, se não quiser ser locauteado pela imortal infelicidade.
terça-feira, 22 de junho de 2010
A MINHA FLOR DE VIDRO NÃO É A DE MURILO RUBIÃO
Tal qual a lua que se alimenta da luz do outro e só consegue iluminar quando determinadas noites chegam... EU e minha Flor de Vidro (meu processo criador.
Será que continuo vagando nos limites do sonho (o de conseguir escrever)?
Um novo passeio pelos campos da cultura, da ciência, da criação literária e deparo-me novamente com a mata(todo o saber historicamente construído) - termo de todos os meus passeios - densa, fechada a princípio. Mas, olhando atentamente encontro algumas fissuras...
Desejo de penetrar no bosque e encontrar a flor azul -a totalidade do saber- (tão ampla quanto o céu e tão traiçoeira quanto o mar). Mas será apenas ilusão de ótica? as fissuras existirão realmente?
Agarro-me com sofreguidão a esses campos verdes, às vezes cinzentos, com medo de reencetar o sono interrompido. Quero sentir a seiva nova pelo meu corpo e fazer desaparecer de vez essa venda negra (razão do meu terror) que há tantos anos me impede de ser Pierre Menard.
De repente silencia-me a convicção de que 12 anos tinham-se esvanecido, enquanto eu sonhava com minha Flor de Vidro. Há doze anos meu querido Verdi, hoje meu companheiro imaginário, dedicou-me palavras de Zibaldo:
"O tempo que a gente gasta sonhando é o mesmo que a gente gasta fazendo."
Ele as "catou" para mim, no tempo que nosso amor se nutria da luta e do desespero.
A saudade trouxe de volta reminiscências amargas, mas, ao mesmo tempo, fez funcionar a minha biblioteca mental, onde estão aqueles livros amados. Seguindo os passos de Walt Whitman respondi somente com apaixonados beijos de despedida os acenos de amor que recebi e fui condenada à irreparável solidão. Talvez por isso ainda não tenha conseguido por fim "as lamentações interiores, bibliotecas, críticas lamurientas" e seguir "em direção à estrada aberta", onde com certeza alcançarei minha flor de vidro: o meu grande fantasma!
Será ela real ou imaginária? Todos esses anos sem tocá-la com receio de quebrá-la, com medo que minha flor se fragmentasse no chão e eu não fosse capaz de remontá-la...
E foi retornando aos campos verdes e cinzentos, guiada por uma mão amiga, que comecei a desconstruir edifícios de sapiência, saberes encaixotados até os campos se tornarem negros. Mas como a luz se faz na escuridão, minha cegueira permitiu-me ver que essa era justamente a estrada aberta: deixar de andar tanto em ruínas circulares na busca de seiva da mata, porque nunca conseguirei me nutrir de todas as espécies de seivas existentes; permitir que minha Flor de Vidro se despedace, se fragmente e, principalmente, buscar dentro de mim a coragem e a ousadia de rasgar a máscara que me mantêm na ignorância de mim mesma, da minha capacidade de (re)montar, ou melhor, (re)criar a minha Flor de Vidro, como a de Murilo Rubião.
Como a dele? Quais os limites entre um conto e um ensaio? existirão limites?
Na verdade, não quero compor outra Flor de Vidro, mas a Flor de Vidro (como Pierre Menard).
Esta é a minha Madre-Silva refletida no vidro!
Minha? Não poderá minha pobre autoria ser refutada em meio a tantas citações? apropriações? cópias? de quem será a autoria da Flor de Vidro? de Murilo Rubião? que com tanta sutileza cita o Mito de Édipo através da "cegueira reveladora"? o Mito do Cupido com a "venda dos olhos" revelando que o amor é cego? E, nesses mitos não haveriam outras citações?
Ah! Busca insana essa!
Uma de minhas poucas certezas é de não estar incorrendo numa tautologia. Ou será incerteza?
Não importa! o que importa é sentir como Fernando Pessoa:
Fingi tão completamente
que cheguei a fingir que é flor
a flor que deveras criei.
Afinal, quem é capaz de determinar os limites entre a ficção e a realidade, quando se vive o inferno da criação?
E foi assim que aconteceu
Tirando uma mentira ou duas!
Ou, talvez, seja a mais pura verdade.
(Risolete Maria Hellmann. Escrito em 1997 depois das aulas com Ilza Matias de Sousa na UFRN, Natal, sobre crítica e criação.)
Será que continuo vagando nos limites do sonho (o de conseguir escrever)?
Um novo passeio pelos campos da cultura, da ciência, da criação literária e deparo-me novamente com a mata(todo o saber historicamente construído) - termo de todos os meus passeios - densa, fechada a princípio. Mas, olhando atentamente encontro algumas fissuras...
Desejo de penetrar no bosque e encontrar a flor azul -a totalidade do saber- (tão ampla quanto o céu e tão traiçoeira quanto o mar). Mas será apenas ilusão de ótica? as fissuras existirão realmente?
Agarro-me com sofreguidão a esses campos verdes, às vezes cinzentos, com medo de reencetar o sono interrompido. Quero sentir a seiva nova pelo meu corpo e fazer desaparecer de vez essa venda negra (razão do meu terror) que há tantos anos me impede de ser Pierre Menard.
De repente silencia-me a convicção de que 12 anos tinham-se esvanecido, enquanto eu sonhava com minha Flor de Vidro. Há doze anos meu querido Verdi, hoje meu companheiro imaginário, dedicou-me palavras de Zibaldo:
"O tempo que a gente gasta sonhando é o mesmo que a gente gasta fazendo."
Ele as "catou" para mim, no tempo que nosso amor se nutria da luta e do desespero.
A saudade trouxe de volta reminiscências amargas, mas, ao mesmo tempo, fez funcionar a minha biblioteca mental, onde estão aqueles livros amados. Seguindo os passos de Walt Whitman respondi somente com apaixonados beijos de despedida os acenos de amor que recebi e fui condenada à irreparável solidão. Talvez por isso ainda não tenha conseguido por fim "as lamentações interiores, bibliotecas, críticas lamurientas" e seguir "em direção à estrada aberta", onde com certeza alcançarei minha flor de vidro: o meu grande fantasma!
Será ela real ou imaginária? Todos esses anos sem tocá-la com receio de quebrá-la, com medo que minha flor se fragmentasse no chão e eu não fosse capaz de remontá-la...
E foi retornando aos campos verdes e cinzentos, guiada por uma mão amiga, que comecei a desconstruir edifícios de sapiência, saberes encaixotados até os campos se tornarem negros. Mas como a luz se faz na escuridão, minha cegueira permitiu-me ver que essa era justamente a estrada aberta: deixar de andar tanto em ruínas circulares na busca de seiva da mata, porque nunca conseguirei me nutrir de todas as espécies de seivas existentes; permitir que minha Flor de Vidro se despedace, se fragmente e, principalmente, buscar dentro de mim a coragem e a ousadia de rasgar a máscara que me mantêm na ignorância de mim mesma, da minha capacidade de (re)montar, ou melhor, (re)criar a minha Flor de Vidro, como a de Murilo Rubião.
Como a dele? Quais os limites entre um conto e um ensaio? existirão limites?
Na verdade, não quero compor outra Flor de Vidro, mas a Flor de Vidro (como Pierre Menard).
Esta é a minha Madre-Silva refletida no vidro!
Minha? Não poderá minha pobre autoria ser refutada em meio a tantas citações? apropriações? cópias? de quem será a autoria da Flor de Vidro? de Murilo Rubião? que com tanta sutileza cita o Mito de Édipo através da "cegueira reveladora"? o Mito do Cupido com a "venda dos olhos" revelando que o amor é cego? E, nesses mitos não haveriam outras citações?
Ah! Busca insana essa!
Uma de minhas poucas certezas é de não estar incorrendo numa tautologia. Ou será incerteza?
Não importa! o que importa é sentir como Fernando Pessoa:
Fingi tão completamente
que cheguei a fingir que é flor
a flor que deveras criei.
Afinal, quem é capaz de determinar os limites entre a ficção e a realidade, quando se vive o inferno da criação?
E foi assim que aconteceu
Tirando uma mentira ou duas!
Ou, talvez, seja a mais pura verdade.
(Risolete Maria Hellmann. Escrito em 1997 depois das aulas com Ilza Matias de Sousa na UFRN, Natal, sobre crítica e criação.)
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Princípios do Reiki
1. Só por hoje, não sentirei raiva.
2. Só por hoje, não me preocuparei.
3. Hoje, expressarei minha gratidão.
4. farei meu trabalho honestamente.
5. Hoje, serei gentil com todas as criaturas vivas.
2. Só por hoje, não me preocuparei.
3. Hoje, expressarei minha gratidão.
4. farei meu trabalho honestamente.
5. Hoje, serei gentil com todas as criaturas vivas.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
RUAS SEM SAÍDA
Rua sem saída?
Casas, portões, portas, janelas...
Ruas sem saída?
Salas, quartos, quintais...
Ruas sem saída?
Pessoas,corações...
RUAS SEM SAÍDA!
Casas, portões, portas, janelas...
Ruas sem saída?
Salas, quartos, quintais...
Ruas sem saída?
Pessoas,corações...
RUAS SEM SAÍDA!
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
METAMORFOSES
Nasci com desejo de Ícaro!
Linda
De um azul esverdeado tão iluminado...
Nos jardins coloridos cresci
Não sem medo de alçapões e caçadores.
Esgueirei-me pelas frestas
Nem sempre conseguia livrar-me de mãos astutas.
No entanto, sobrevivia
Lambia meu sangue
Engolia-o misturado às lágrimas insistentes.
Quando podia, batia minhas asas sob o sol
E voava livre para a imensidão.
Invejava os pássaros que mais alto podiam ir
Tentei alcançá-los num vôo sem volta
E a beleza de minhas asas encontraram seu fim.
Com corpo, sem asas
Desenvolvi unhas, não, garras
E um bico que crescia a cada dia.
De braços esqueléticos saíram penas
E reaprendi a voar
Agora mais alto.
O medo do predador?
Era minha companhia constante,
Mas agora tinha garras
Tomava o que queria
Agora tinha asas enormes
Abria-as e ia onde queria
Agora tinha um bico
Meu grito se ouvia em eco em distâncias inimagináveis.
Sempre que o sol se põe
Sinto o peso do vivido
As unhas longas e escurecidas
As penas grossas demais nem sempre suportam meu corpo em grandes ventanias
E meu bico cansado de resvalar um grito que já não é ouvido.
Sinto que é chegada a hora
De me recolher no alto de uma montanha
Meu ninho procurar
e reencontrar as forças adormecidas.
Meu grito silenciar desgastando meu bico nas pedras
e aprender a ouvir.
Minhas unhas incapazes de agarrar o que me sustenta arrancar
e permitir que os mais jovens me alimentem.
Minhas penas envelhecidas, pesadas e sem brilho extrair
e abrir espaço para novas asas surgirem
Pois do alto da minha colina,
durante minha renovação, acredito no mito
vislumbro uma amplidão desconhecida
e o desejo de Ìcaro renasce
agora como Fênix
procuro ramos aromatizados para meu ninho
peço ao sol que as deixe incandescentes
Que renasça em meu corpo
uma crista púrpura faiscante,
um pescoço longo e dourado,
uns olhos verde-azulados demasiadamente brilhantes,
uma cauda com penas brancas, roxas e azuis!
Que renasça em mim
umcoração que saiba amar,
umas mãos que saibam doar,
uma alma que saiba perdoar!
E de posse de minha nova vida,
recomeçarei meu eterno voo
em busca da minha Pedra Filosofal.
Linda
De um azul esverdeado tão iluminado...
Nos jardins coloridos cresci
Não sem medo de alçapões e caçadores.
Esgueirei-me pelas frestas
Nem sempre conseguia livrar-me de mãos astutas.
No entanto, sobrevivia
Lambia meu sangue
Engolia-o misturado às lágrimas insistentes.
Quando podia, batia minhas asas sob o sol
E voava livre para a imensidão.
Invejava os pássaros que mais alto podiam ir
Tentei alcançá-los num vôo sem volta
E a beleza de minhas asas encontraram seu fim.
Com corpo, sem asas
Desenvolvi unhas, não, garras
E um bico que crescia a cada dia.
De braços esqueléticos saíram penas
E reaprendi a voar
Agora mais alto.
O medo do predador?
Era minha companhia constante,
Mas agora tinha garras
Tomava o que queria
Agora tinha asas enormes
Abria-as e ia onde queria
Agora tinha um bico
Meu grito se ouvia em eco em distâncias inimagináveis.
Sempre que o sol se põe
Sinto o peso do vivido
As unhas longas e escurecidas
As penas grossas demais nem sempre suportam meu corpo em grandes ventanias
E meu bico cansado de resvalar um grito que já não é ouvido.
Sinto que é chegada a hora
De me recolher no alto de uma montanha
Meu ninho procurar
e reencontrar as forças adormecidas.
Meu grito silenciar desgastando meu bico nas pedras
e aprender a ouvir.
Minhas unhas incapazes de agarrar o que me sustenta arrancar
e permitir que os mais jovens me alimentem.
Minhas penas envelhecidas, pesadas e sem brilho extrair
e abrir espaço para novas asas surgirem
Pois do alto da minha colina,
durante minha renovação, acredito no mito
vislumbro uma amplidão desconhecida
e o desejo de Ìcaro renasce
agora como Fênix
procuro ramos aromatizados para meu ninho
peço ao sol que as deixe incandescentes
Que renasça em meu corpo
uma crista púrpura faiscante,
um pescoço longo e dourado,
uns olhos verde-azulados demasiadamente brilhantes,
uma cauda com penas brancas, roxas e azuis!
Que renasça em mim
umcoração que saiba amar,
umas mãos que saibam doar,
uma alma que saiba perdoar!
E de posse de minha nova vida,
recomeçarei meu eterno voo
em busca da minha Pedra Filosofal.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Com todo carinho...
Não vou tomar muito do seu tempo...
Nem pretendo lhes ensinar o caminho...
Quero apenas dividir com você uma experiência positiva!
Encontrei estas 7 afirmações num “livrinho qualquer” que caiu do alto de uma prateleira, num sebo, justo na minha cabeça.
Quando o abri pela primeira vez meus olhos fitaram estas palavras:
1. ABRO-ME COMO UM CANAL PARA RECEBER A LUZ.
2. CONFIO NO PODER E NA MAGIA DO UNIVERSO.
3. ESTOU ATRAINDO CADA VEZ MAIS AMOR PARA MINHA VIDA.
4. ESTOU ATRAINDO CADA VEZ MAIS ALEGRIA PARA MINHA VIDA.
5. ESTOU ATRAINDO CADA VEZ MAIS ABUNDÂNCIA PARA MINHA VIDA.
6. ESTOU DISPOSTO(A) A DEIXAR QUE OS MILAGRES ACONTEÇAM.
7. ABRO-ME COMO UM CANAL PARA RECEBER A LUZ.
(GILL EDWARDS)
Para encerrar...
(prometi não tomar muito do seu tempo)
Tenho repetido essas 7 afirmações 7 vezes por semana...
E as imagens, crenças e pensamentos positivos tem mudado várias áreas de minha vida!
Já consigo sentir que hoje sou um Ser “um pouquinho melhor” do que era antes!
Um abraço amigo!
Risolete Maria
Nem pretendo lhes ensinar o caminho...
Quero apenas dividir com você uma experiência positiva!
Encontrei estas 7 afirmações num “livrinho qualquer” que caiu do alto de uma prateleira, num sebo, justo na minha cabeça.
Quando o abri pela primeira vez meus olhos fitaram estas palavras:
1. ABRO-ME COMO UM CANAL PARA RECEBER A LUZ.
2. CONFIO NO PODER E NA MAGIA DO UNIVERSO.
3. ESTOU ATRAINDO CADA VEZ MAIS AMOR PARA MINHA VIDA.
4. ESTOU ATRAINDO CADA VEZ MAIS ALEGRIA PARA MINHA VIDA.
5. ESTOU ATRAINDO CADA VEZ MAIS ABUNDÂNCIA PARA MINHA VIDA.
6. ESTOU DISPOSTO(A) A DEIXAR QUE OS MILAGRES ACONTEÇAM.
7. ABRO-ME COMO UM CANAL PARA RECEBER A LUZ.
(GILL EDWARDS)
Para encerrar...
(prometi não tomar muito do seu tempo)
Tenho repetido essas 7 afirmações 7 vezes por semana...
E as imagens, crenças e pensamentos positivos tem mudado várias áreas de minha vida!
Já consigo sentir que hoje sou um Ser “um pouquinho melhor” do que era antes!
Um abraço amigo!
Risolete Maria
domingo, 19 de julho de 2009
Estou quase com o estranhamento de Cecília no Espelho, mas permita-me o trocadilho:
MEU RETRATO DE HOJE
Eu não tinha esse rosto de hoje,
assim calmo, assim alegre, assim iluminado,
nem estes olhos tão profundos,
nem o lábio afetuoso.
Eu não tinha estas mãos que doam,
que canalizam as boas energias do universo;
Eu não tinha este coração
que hoje sabe amar.
Eu busquei essa mudança,
que não foi simples, ainda não é certa, nem está sendo fácil:
Em que espelho ficou perdida a outra face?
Não vale a pena lembrar!
Meu retrato de hoje
É mais fácil de amar!
Eu não tinha esse rosto de hoje,
assim calmo, assim alegre, assim iluminado,
nem estes olhos tão profundos,
nem o lábio afetuoso.
Eu não tinha estas mãos que doam,
que canalizam as boas energias do universo;
Eu não tinha este coração
que hoje sabe amar.
Eu busquei essa mudança,
que não foi simples, ainda não é certa, nem está sendo fácil:
Em que espelho ficou perdida a outra face?
Não vale a pena lembrar!
Meu retrato de hoje
É mais fácil de amar!
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