Tenho certeza disso!
Agora são 16:58, estou em casa depois de um acontecimento inusitado na tarde de hoje.
Lá pelas 14:00 horas estava aqui cheia de atividades por fazer. Não sabia por onde começar para dar conta de tantas atividades. Segui a minha intuição, retomei um livro que tem me acompanhado nos últimos tempos, fechei os olhos, abri em qualquer página e li:
“Deixe-me ficar em silêncio e ouvir a verdade.
Nosso impulso mais forte está voltado para a redescoberta da nossa totalidade – e, por mais que tentemos ignora-lo, o impulso para crescer vai continuar vindo à tona. Quem sabe você sempre tenha desejado tocar piano...,ter seu próprio negócio..., escrever contos ou viver na beira do mar...
Muitas vezes, a partir do nada, surgem vislumbres intuitivos acerca de qual futuro provável buscar – talvez na forma de imagens, sonhos, fantasias, sentimentos,pensamentos, impulsos ou sensações corporais. Qualquer que seja a forma através da qual se manifeste a intuição, ela é inteiramente confiável. Esta é a forma de conhecimento, uma mensagem enviada pelo nosso Eu superior...
Se você tiver um vislumbre intuitivo, aja! ... A intuição sempre o guia pelo seu melhor caminho.
Um método tradicional para permitir o florescimento da intuição é a prática regular de meditação...”
Li mais que isso, mas isso foi o que ficou. Fechei o livro e veio a intuição:
-Vá caminhar na praia agora! Você está precisando de meditação.
A caminhada na praia estava programada para o final de tarde, mas agi conforme minha intuição. Em pouco tempo já estava no Areias do Campeche (perto de casa – mesmo assim fui de carro até lá). Assim que avistei o mar, a ilha do Campeche, todo aquele azul (céu e mar) contrastando com o branco das ondas quebradas e a areia em que eu pisava senti uma alegria interior... A beleza daquele lugar me encantava! Já havia estado naquele lugar tantas outras vezes, mas... Hoje estava mais bonito. Fui caminhando para a direita e logo percebi outra diferença: parecia que as águas do mar tinham aplainado a praia. (Normalmente aquele trecho de areia é bastante inclinado e a areia é bem solta, o que dificulta uma caminhada mais longa, por isso quase nunca vou lá para caminhar). Me aproximei mais da água e fui caminhando bem devagar, no início, encantada com a beleza. Conforme meu propósito, fui iniciando uma meditação: procurei ouvir o barulho das ondas quebrando... respirei fundo e senti o cheiro salgado... continuei caminhando e procurei sentir a areia úmida debaixo dos meus pés e fechei os olhos naturalmente. Conseguia sentir até algumas conchinhas, a areia ora estava morna, ora estava geladinha conforme eu pisava nos trechos secos pelo sol, ou molhados pelo mar...
Caminhei um trecho (não sei quanto) de olhos fechados e de repente veio um pensamento:
-Você está sentindo cheiro do mar, o calor do sol ou o gelado da água, ouvindo o barulho do mar, mas e a visão??? Vai deixar de olhar essa maravilha ao seu redor?
Abri os olhos de repente e encontrei um crisântemo com raiz e tudo jogado na areia, como se alguém o tivesse ofertado ao mar e este o tivesse devolvido para a terra.
Juntei-o e vi que a flor ainda estava viçosa, nem o sal da água o tinha afetado. Como eu levava comigo uma garrafinha de água para beber dividi um pouco de minha água e lhe molhei a raiz. Continuei caminhando com a flor na mão e me perguntando:
-Qual o significado disso???
Aos poucos fui encontrando mais e mais crisântemos amarelos abandonados na praia. Só então me dei conta da cor: amarelo rajado de laranja. Lembrei que significa “sol”, luz. Amarelo nunca foi uma cor que eu gostasse, mas ultimamente essa cor me parece muito mais significativa. (Em janeiro viajei durante dez dias e pedi a uma amiga para olhar por minha casa, quando voltei, além de olhar, ela tinha preparado a casa para mim, fez uma faxina, lavou lençóis que ficaram nas camas e me trouxe de presente um pequeno vasinho com flores artificiais “amarelas” que estava no centro da mesa em minha sala. E me disse na chegada:
“ -Que essas flores amarelas iluminem teu ano de 2007.” Fiquei tão feliz com o grande gesto da minha amiga que passei a gostar de amarelo)
Dos crisântemos que eu encontrava, enquanto caminhava, alguns estavam com raiz outros sem, com os talos quebrados. Primeiro fui juntando somente os que estavam com raiz. Queria plantá-los, para que pudessem continuar vivos. Depois lembrei:
-Poxa, ainda estão tão bonitas por que deixá-las aqui secando e morrendo?
Só me dei conta do quanto tinha caminhado quando a flores pararam de aparecer, olhei para trás e vi que a maré estava enchendo e eu estava bem longe do meu ponto de partida. Comecei a voltar com um buquê de flores na mão e continuei a ajuntar as flores sem raiz. Na volta prestei mais atenção ao vento que batia em meu rosto... A sensação era boa. Agradeci várias vezes a Deus por esta tarde, pela oportunidade de morar num lugar tão bonito. Lembrei do quanto a cidade é bonita e eu moro aqui. Voltei a sentir que esse é meu lugar! (No início deste ano tive muita vontade de ir embora...) Agora não! É aqui que eu quero ficar, morar, viver, crescer como pessoa e profissionalmente. Lembrei que: -Quero ganhar dinheiro sim, com trabalho, competência, eficiência...! Se alguns dons me foram dados, vou usá-los da melhor forma. Tenho o direito de usufruir de atividades culturais (dos quais tenho sentido tanta falta) de viagens, de diversão com minha família e meus amigos... Se para tudo isso é preciso dinheiro, pois eu quero ganhar esse dinheiro. Simplesmente porque eu mereço tudo isso.
Tudo isso veio à tona enquanto eu caminhava e sem perceber já estava perto de onde havia deixado o carro. Parei, olhei para o mar, a ilha, o céu, a praia ... agradeci novamente a Deus e me despedi. As flores na mão não deixavam calar a grande indagação:
- Por que essas flores apareceram na minha frente ali, naquele momento???
Claro que há uma significação. Mas qual é??? Não acredito em “acasos”!!
Por que intuitivamente mudei meu planos e fui caminhar mais cedo, num lugar que eu não gostava de ir???
Voltei para casa, plantei os talos dos crisântemos no jardim e coloquei as flores num jarro na minha sala, mas ansiosa para contar para alguém... Contei!
sexta-feira, 2 de julho de 2010
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